Posted by : Sandy Hime terça-feira, 23 de abril de 2013


Nome completo: Adrielle Victória Pereira dos Santos
Idade: 16
Título: Meu mordomo e eu, demônios
Anime/mangá/banda da fanfic: Kuroshitsuji
Gênero: Shotacon, Shonen-ai, Romance, Sobrenatural
Classificação: +10

-- Bom dia, Boochan.
Ouvi a voz de Sebastian cortar o silêncio do meu local de repouso, sua voz foi seguida pelo ruidoso barulho que a cortina fazia ao ser aberta para permitir a passagem dos raios de sol. Raios que vieram a meu rosto. Incomodando um pouco a íris por debaixo das minhas pálpebras cerradas. Apertei meus olhos e os abri lentamente.
-- "Eu estou estranho..." -- olhei para minhas mãos.
-- Esta tudo bem Boochan? -- sentei na cama.
-- Sim, só me sinto meio diferente...
-- Diferente?
-- É como se... Se eu não fosse eu. -- levantei o olhar para o mordomo que me encarava com suas esferas escarlates.
Me sinto cheio... E ao mesmo tempo vazio... Quem é o 'eu' de agora?
E por que esse demônio de olhos vividos não para de me olhar?
-- Não sinta-se assim... Por que agora o Boochan carrega as mesmas sujeiras e pecados que eu... -- dizia enquanto fazia o laço da fita negra em meu pescoço.
Um demônio... É isso que sou agora?!
Fixei meus pés ao chão e segui para o banheiro acompanhado de meu mordomo. Entrando no amplo cômodo parei em frente ao espelho bordado de dourado. Olhe nos olhos do meu reflexo.
Vermelhos...
-- Vê Boochan... Agora você é o mesmo que eu... -- passou os dedos em minhas bochechas, roçando de leve os dedos cobertos pela luva branca.
-- Sou o mesmo que você...?! -- sussurrei.
-- Sim... O vermelho lhe cai bem...
Levantei a mão e a pousei sobre meu tapa olho.
-- A marca do contrato ainda está ai. -- retirou a luva com os dentes e mostrou-me a marca roxa no dorso da mão. -- Terá que se despedir de todos aqui...
Não pertenço mais a esse mundo...
-- Para onde vamos?
-- Quer mesmo saber? -- abriu seu típico sorriso. -- Não prefere que seja uma surpresa? -- seu polegar acariciou de leve a minha bochecha.
Por quanto tempo mais pretendemos ficar aqui de frente para o espelho, parados, somente encarando um o reflexo do outro?!
Fui até a porta do banheiro.
-- Vamos Sebastian. -- falei sério.
-- Como queira.
-- "Se agora eu sou um deles por que o contrato não desapareceu?!”.
-- CIELLL! -- fui agarrado por Elizabeth assim que seguei a sala.
-- Lizzy... O que faz aqui?
-- Ciel, soube por Sebastian que você vai fazer uma viagem. -- seus olhos lacrimejavam.
-- "Viagem?!" Sim.
-- Por quanto tempo vai ficar por lá?!
-- Por muito tempo certo, Boochan?! -- Sebastian me olhava de canto de olho.
-- Ciel posso fazer uma festa de despedida?
-- Faça o que quiser. -- dei de ombros ao pedido.
-- AAH obrigada Ciel. -- selou de leve a minha bochecha e correu ao encontro de Paula, Finny, Meirin e Bard.
-- Sabe que nunca mais verá nenhum deles novamente?!
-- Sim.
-- Não vai perguntar como ou o porquê de isso acontecer?
-- Do que importa agora?! Já está feito e isso não pode mudar. -- olhei para baixo e apertei a caveira na parte de cima de minha bengala.
Eu agora sou um demônio, morador do submundo e atormentador de almas fracas. Aquele que agora vai viver para sugar almas.
-- Boochan? Está tudo bem?
-- Não é nada! Vamos, eu preciso de uma roupa para a festa.
-- Entendido.
Voltamos para o lugar onde eu descobri que era um deles. Sentei na cama e fiquei esperando Sebastian pegar minha roupa o que não demorou a acontecer.
-- Imagino que a Senhorita Elizabeth deve estar muito triste com a sua partida.
-- Sim.
-- Os empregados também.
-- Sim.
-- O Conde Trancy também virou um demônio.
-- O quê? O TRANCY?
Sebastian sorriu.
-- O que é tão engraçado?
-- Eu achei que você não estava me ouvindo. -- permanecia com aquele sorriso insuportável entranhado nos lábios. -- Não se preocupe o Trancy não é um demônio.
-- E o que aconteceu com ele?
-- Foi morto pelo próprio que lhe ofereceu o contrato.
-- "Morto pelo Claude?!".
-- Vamos trocar a roupa, Boochan?
-- Sim. -- me levantei.
Com as mãos delicadas Sebastian foi retirando cada peça de roupa de meu corpo, seus dedos enquanto desciam as peças roçavam contra minha alva pele, causando-me um leve e passageiro arrepio, que arrancava um sorriso discreto do mordomo fazendo minhas bochechas ficarem um pouco tingidas de vermelho pela vergonha que eu sentia ao sentir tal sensação ao seu tocado por ele.
Ele levantou o olhar para mim, arregalei um pouco os olhos e virei o rosto, olhar para ele agora não séria uma boa ideia.
Se agora eu sou um ser das trevas não deveria sentir tal aflição, ao ser somente "acariciado". Eu não deveria sentir tal atração, demônios não têm sentimentos, demônios não amam...! Ou tem?! A verdade é que eu não sei ao certo o que eu estou sentindo...
-- Sebastian...
-- Sim?
-- ... "Não vamos falar besteira". -- soltei um suspiro. -- Acabe logo com isso. -- mudei completamente o rumo do que eu pensava em falar.
-- Tem certeza de que é só isso?
-- Não interessa se é ou não, apenas termine logo o seu trabalho.
Me olhou como se visse através dos meus olhos minha alma, agora suja por aura de demônio, e abaixou a cabeça indo terminar de laçar meu sapato.
-- Está pronto, Boochan.
-- Traga-me algo para comer.
-- Não pode comer, daqui a pouco começará o baile.
-- Então traga-me um chá.
-- Entendido. -- fez uma pequena reverência e saiu do quarto.
Levantei da cama e fui ao banheiro.
Parei em frente ao espelho, retirei meu tapa olho, mas permaneci com o olho do contrato fechado.
O abri lentamente, vendo a marca roxa aparecer aos poucos.
A marca que me uniu a ele naquela noite.
 Meus fios de cabelo azulados caiam um pouco sobre a marca me impedindo de ver alguns pequenos detalhes dela. Não havia mudado apesar de agora eu não ser o que era antes.
Agora ele é meu pela eternidade! E eu... Serei seu por ela também!
A hora do baile chegou. Elizabeth não sabia se sorria ou se chorava enquanto dançavamos.
-- Ciel não quero que vá. -- sussurrou enquanto dançava.
-- Mas eu preciso ir. Não é por que eu quero!
-- Mas -- falou com a voz chorosa
-- Não chore Lizzy, lágrimas não combinam com seu rosto.
Ela me deu um sorriso largo. Seus olhos verdes estavam com o redor vermelhos e lacrimejantes esbanjavam tristeza pela minha partida, sua bochechas estavam coradas e um pouco umidas. Mas para a felicidade de uns e infelicidade de outros eu tenho que partir.
As horas passaram rápido demais e já era hora de eu partir. Partir para um lugar distinto e totalmente desconhecido por mim.
-- CIELL! -- Lizzy me agarrou. Retibrui seu abraço.
Os empregados choravam.
-- Boa viagem, Boochan. -- disseram em coro e em choro.
-- Adeus, Senhor Ciel. -- sussurrou Paula.
-- Adeus. -- entrei na carruagem.
Sebastian começou a guiá-la para longe da mansão.
Apoiei meu cotovelo na borda da janela e fiquei a observar a paisagem que passava rapidamente por ela. O balanço da carruagem parou e a porta foi aberta.
-- Boochan, chegamos. -- me deu passagem.
Um jardim, com flores escuras até onde o olhar não alcança, a luz da lua iluminava um pequeno lago que se encontra próximo a onde estamos, o vento fraco balançava lentamente as flores as fazendo dançar ao som dele.
-- Onde estamos? -- olhei ao meu redor.
-- No lugar onde será dada a principal e eterna ordem. -- sorriu.
Caminhamos até próximo ao lago.
-- Está pronto, Boochan? -- se pôs a minha frente.
-- Sim.
-- Por favor, a ordem... -- seus olhos tomaram a forma dos olhos de demônio.
Retirei o tapa olho que foi levado pelo vento. Vento que uivava.
-- Sebastian, é uma ordem! Fique ao meu lado... Por toda a eternidade! -- cortei o som do vento com minha voz.
Ajoelhando-se sobre um joelho e pondo a mão direita no peito esquerdo falou com clareza.
-- Yes, My Lord.
Bom pessoal, é isso, peço desculpas pela demora, no entanto, tive alguns problemas pessoais!
As postagens irão continuar! Espero que compreendam!
Beijos
Sandy Hime

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