terça-feira, 11 de março de 2014
Olá! Como vão?
Primeiramente Feliz 2014 pra todo mundo =)
Hoje vim aqui para ajudar o pessoal que inicia agora no Cosplay =)

Minha jornada no Cosplay começou em 2012, quando resolvi fazer Cosplay da Diva de blood plus. Atualmente, ainda não me considero uma Cosplayer com experiência, no entanto, existem algumas "dicas" que eu posso dar para o pessoal iniciante, aprendidas com meus erros até! Então, espero que gostem das dicas ^^
Dicas =)
1. Tenha afinidade com o personagem.
É interessante escolher um personagem que você se identifique, pois  assim você dará o melhor de você tanto em questão de Cosplay quanto de sua atuação. 
Meu primeiro Cosplay foi totalmente o oposto do que eu sou, e isso rendeu-me várias dificuldades no quesito atuação. Sempre amei incondicionalmente a Diva, no entanto, sempre fui muito tímida também.

2. Use peruca!
É, então.... Uma cosplayer amiga minha disse incontáveis vezes "usa peruca" e eu? Não usei. Meu cabelo estava mais ou menos (Bem mais ou menos) do tamanho da personagem e achei que desse pra passar despercebido. Não deu. 2 anos depois eu morro de raiva por isso, mas enfim, hoje eu indico para todo mundo que me pergunta sobre Cosplay comprarem uma peruca.

3. Maquiagem
Ter atenção aos detalhes é muito importante! As vezes seu personagem tem uma pinta no rosto que fazia toda a diferença.
Também falando do meu primeiro Cosplay, ele foi feito às pressas para um evento no final do ano e nem havia pensado na maquiagem... Sorte minha que minha Onne-chan estava lá para me salvar e fez uma maquiagem linda! Mas de qualquer forma... O tempo passou e aprendi algumas tecnicas de maquigem, pois a Diva, tem a sobrancelha muito pequena e para fazer uma seção tive que esconder a minha ^^

4. Faça uma lista!
Eu sou a pessoa mais esquecida do mundo! Se eu não fizer uma lista, eu vou esquecer algo. Como por exemplo, eu esqueci de colar a fita do vestido da Diva em outro ensaio que fiz.... Quando for usar o cosplay faça uma lista do que é necessário levar e confira ela no dia.

5. Se divirta!
Cosplay é diversão! Não adianta você estar com um cosplay maravilhoso, mas não se sentir a vontade ou não se divertir! Cosplay  - pra mim- é acima de tudo, diversão.

 Primeira vez de Diva:
- Sim, é uma foto no banheiro, porque eu não achei mais nenhuma kkkkkkkkk


Segunda vez de Diva:
Esse foi o ensaio que eu esqueci de colar a fita que tinha caído kkkkkkkk



Por hora é só!
Uma ótima tarde ;)
Beijoos!!!
Sandy Hime


quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Good Nigth People!

Hoje vim trazer para vocês uma entrevista com a cosplayer mineira Yeeg!

Yeeg
Nome verdadeiro: Mirian Maia
Idade: 23
Cidade: Ouro Preto - Minas Gerais
Cosplayer desde quando: 2011
Check List Cosplay
Mai Shiranui - abril 2011
Mileena MK9 - agosto 2011
Viuva Negra - novembro 2011
Chii versao bandage - agosto 2012
Chii versao Chiroru Bakery - fevereiro 2013

Misao (Samurai X) - maio 2013


Qual o cosplay que mais te marcou?

Mileena MK9 pois foi todo feito por mim na época que saiu o jogo novo. Fiz das botas às armas, 

corri atras de

tudo sozinha e fiquei muito feliz com o resultado alcançado, que sou principiante na área
.
Fui uma das primeiras Mileena MK9 e foi bem legal a reação das pessoas querendo saber quem 

eu  era.

hahaha
Recebi muitas criticas e muitas injurias, mas ne, faz parte de quem escolhe fazer um cosplay

ousado.

Qual o maior desafio que encontrou como Cosplayer?

Ser reconhecida pelo que faço de forma justa, não por reclamação, nome ou fama do cosplayer.
E também arrumar material bom e barato e tempo para confecções das peças

Qual as suas maiores inspirações?

No mundo cosplayer, me inspiro na Anastasyia Shipagina e na Ren Ren
Em outros meios, inspiro-me na escritora Florbela Espanca, na cantora Edith Piaf e nas 

cientistas Marie-Curie e Ada Lovelace

Qual é a visão que você tem sobre o cenário Cosplay da sua cidade?

Acho que esta mais comercial e menos focado em divertir. Tentam dar mais importância

competição e a alguns

competidores mais experientes e/ou com fama local e esquecem-se de realmente avaliar a 

fidelidade e complexidade das roupas.
Também não lembram que alguns cosplayers querem apenas ter a oportunidade de serem por um 

dia o personagem que ama,tirar boas fotos e ter valorização sem necessariamente precisar competir.
Acho que falta mais respeito e entendimento com o mundo cosplay de modo geral.

Quais as dicas que você daria para os novos cosplayers?

Que tentem sempre fazer o personagem que gostem e conhecem, não façam só por que é bonito ou 

está na moda
. O legal do cosplay é você se identificar com todo o personagem, afinal cosplay não é concurso de

fantasia onde apenas a aparência conta.
Tentarem sempre que puderem fazer você mesmo algo do seu cosplay,mesmo que seja um enfeite 

mais simples. 

É bem mais gratificante (e barato) você ser reconhecido por algo feito por você

E sempre prezem a diversão com respeito e bom senso.

Agora pessoal, um pouquinho do trabalho da nossa entrevistada de hoje!









Bom pessoinhas do meu brasil!
É isso <3
Beijoos =**
Boa noite!


Entrevista com Cosplayer - Yeeg

Posted by Sandy Hime
domingo, 11 de agosto de 2013

Hi Hi pessoal!
Gostaram do novo layout do blog? *-* Muito fofo não é? kkkkkk
Sem mais delongas, vim aqui para dar uma super Dica para o pessoal de Araraquara e região, nesse próximo domingo (18) vai ocorrer o AnimAraraquara!
São 12 horas de evento recheado de atrações empolgantes! Vale a pena conferir:

  • Apresentação de Taiko, kung fu e ninjutsu!
  • Apresentação de Kpop!
  • Lançamento do curto de Fausto Atrapalhado.
  •  Cosplay
  • Rpg
E ainda o evento vai contar com a Super Participação da Pandy - Ganhadora do ilustre WCS e Daniel Mazak - Ganhador do Circuito Anime Fest de Cosplay.

A entrada antecipada é R$5,00  e poderá ser comprada nos seguintes locais:

Loja Tribos Rock Store
Rua São Bento, 1313 - Centro
Na Galeria Miami Center

Masmorra Livraria
Avenida Tiradentes, 227 - Centro

Loja Kult
Rua São Bento, 1637 - Centro
Meio quarteirão antes da escola Industrial

Arte e Bola Café
Rua São Bento, 1829 - Centro

Além da entrada deverá ser entregue na portaria do evento 1 kg de ração para Gato ou para Cachorro.
Espero ver todos vocês lá!




Beijinhos e boa semana
Sandy Hime

sexta-feira, 26 de abril de 2013
Nome completo: José Vinícius da Costa Paixão
Idade: 16 anos
Título da fanfic: Alchemist Drama
Anime/mangá/banda da fanfic:Full Metal Alchemist [fic ambientada, sem ligação direta com a história e os personagens principais]
Gênero: Drama
Classificação: Livre


“Meu pai tentou reviver minha mãe”.

Era isso que meu irmão mais novo falava de nosso pai. Hoje ele não fala mais.
Na época não entendíamos nada de Alquimia, e só viemos compreender depois que nosso pai morreu e pudemos ter acesso aos arquivos dele. Lá aprendemos tudo o que sabemos, mas ainda precisávamos entender certas coisas na prática. Só que ambos recusamos saber do restante do processo. Tornei-me um “Cão do Estado”, agora laico, mas com grande influência militar ainda. Meu irmão embarcou numa viagem longa, para atender pessoas em países mais pobres – ele era médico.
Fiquei sozinho em Central, mas tenho casa própria (um apartamento alugado que humildemente chamo de casa), e por algum tempo, dividi o aluguel com um sujeito bacana mas esquisito, chamado Humpfrey, que saía bem cedo e voltava tarde. Então,  por não sei qual motivo, ele foi embora, e passei a morar sozinho.
Trabalho o dia todo num dos escritórios do Governo, mas obrigatoriamente carrego além do uniforme azul uma arma. O que faço repetidamente é ler processos e mandá-los para outros departamentos, aprovando ou não cada um deles. Mas sei que minha decisão será contrariada quando o processo chegar a outro departamento. É sempre assim, minha decisão não vale nada.
Quando chegava em casa, umas dez da noite, olhava a correspondência e via um telegrama de meu irmão. Eu sinto falta dele por que ele era a única família que eu tinha, e não gosto de ficar sozinho. Até o Humpfrey, na época que morávamos no mesmo apartamento, já falara que eu devia ter uma namorada, mas sou muito tímido para sair por aí, entrar num bar ou qualquer outro lugar, puxar conversa e encontrar uma garota. Minha vida é tão insólita que as únicas diversões são os raros treinamentos em tiro que faço e as avaliações mensais do Exército (passo uma semana num acampamento fazendo diversos testes, e para minha alegria, sempre passo neles, mantendo o mesmo salário que não é nada ruim. Raramente gasto ele com extravagâncias, mas eu junto tudo e guardo no banco. Tenho muito dinheiro lá, e sempre mandava algo para meu irmão, por que sabia que ele devia estar passando por necessidades; só que ele nunca falava nada nas cartas que ele mandava mensalmente).
Meus costumes eram rígidos, e minha vida era completamente sem graça. Mas todos diziam que sou bom para conversar e falar, e até para fazer rir. Todas as mulheres, que trabalham no mesmo departamento que eu, diziam que sou bonito, o que sinceramente não acho. Não me preocupo com minha aparência – mas fazer a barba toda a semana é um ritual que devo praticar sem erros, embora já tenham me dito que pareço mais sensual com barba do que sem.
Minha vida, em resumo, era esta. Fora o fato de eu ir na biblioteca uma vez por mês e visitar minha terra natal no fim do ano, praticamente fazia as mesmas coisas de sempre, sem tirar nem colocar nada. Na minha vida toda, recebi somente três aumentos, e nunca reclamei quando me impunham horas extras e eu ficava a noite toda trabalhando no escritório com a Thalia, uma civil contratada que aos poucos está tomando minhas funções, por conta do processo de laicização do Governo. O Füher não existe mais, ele agora ocupa um cargo no Exército. Então eu vou para algum lugar, e suspeito que seja transferido para o Quartel daqui de Central, tornando minha vida monótona em algo insustentável. Só não cometi suicídio por que pensei no meu irmão. Alguém tinha que ajudar ele.
Pelo menos, eu pensava assim.
Foi a carta de um amigo do meu irmão que mudou tudo. Ela destruiu aquilo que posso chamar de “meu mundo”. Contou que meu irmão fora assassinado enquanto ajudava pessoas numa guerra em um país próximo de Amestris. Senti-me tão destruído que não tive ânimo para o trabalho. O mais estranho de tudo foi o fato de que quando fui pedir um período de afastamento por motivos pessoais, meus superiores pareciam estar muito bem informados com o fato, e me deram dias a mais do que pedi. Fiquei desconfiado, mas abalado com o que acontecera, eu não disse nada. Meu irmão foi enterrado com todas as honras que merecia, ao lado de nossos pais. Muita gente apareceu no enterro dele.
E uma dessas pessoas era ela.
Ela era nova, vinte e poucos anos. Ela estava de luto, mas seu luto era muito profundo, quase como o meu. Naquele dia, chovia muito, e nem pude perceber como ela era, mas sei que eram eles por causa de seus dois filhos – duas crianças, gêmeas por que se pareciam muito uma com a outra. Tinham a pele levemente bronzeada da mãe (uma morena belíssima de longos cabelos negros e olhos esverdeados. Por um momento, pensei se tratar de uma ishvaliana, mas não, por que os ishvalianos têm olhos vermelho-sangue), mas os olhos e as feições do rosto das duas crianças (especialmente o corpo do menino, por que era um casal), lembravam muito meu irmão. Fiquei muito incomodado com o fato, pensei até se tratar de loucura minha. Mas não.
As duas crianças choravam como se tivessem perdido um ente querido (o menino até suportava algo, mas a menina ficou com o rosto tampado na saia da mãe, chorando. Vi seus olhos quando ela foi embora). Supus que tinham sido ajudados pelo meu irmão numa de suas viagens como médico, coisa que ele sempre amou: a vida, desde que pronunciara aquela frase tão banal mais tão mortal, aos sete anos.
“Meu pai tentou reviver minha mãe”.
O garoto se parecia muito com ele, e quase imaginei que se o garoto dissesse estas palavras, tenho certeza que imediatamente acharia que meu irmão ainda estava vivo, e rejuvenescera.
Fui a última pessoa a sair do túmulo de meu irmão, a única família que eu tinha. Tentei convencer a mim mesmo que estava sozinho, coisa que sempre detestei. Mesmo que minhas atitudes impliquem numa personalidade passiva a isolamento, eu ainda gosto de convívio humano. Gosto de manter pessoas perto de mim, por que, só o fato de passar quase a maior parte da infância tendo como família eu e meu irmão, pra mim, eu queria que ele nunca morresse, era que eu deveria partir antes dele. Mas não, ele partiu com agradecimentos de tanta gente que ajudou que acho que a alma dele precisa mesmo é descansar em paz e zelar pelas pessoas que ele passou a vida salvando.
Mas voltemos a ela.
No outro dia, ela foi até a casa da vovó Dexter (como eu chamava a vizinha a nossa casa, uma senhora de idade com muita energia, filhos criados e netos que visitam ela uma vez por mês todos os meses, e que cuidou de mim e de meu irmão quando nosso pai faleceu), onde eu estava hospedado, e disse que queria falar comigo.
Naquele dia, eu estava suado de tanto cortar lenha (um feixe enorme, diga-se de passagem, mas é apenas algo bobo se comparado aos duros exercícios que faço nas avaliações), e não tinha feito a barba (um fator que mais tarde atribuí ao que se sucedeu).
Eu estava ofegante, mas ainda assim, ela não esperou que eu pudesse me arrumar – ela usava uma roupa de mulher casada, diga-se de passagem. Queria falar comigo o mais urgente possível.
– Meu nome é Victoria. – disse, cordialmente.
– Prazer, Dave. – respondi. Notei que seus olhos de esmeralda eram tão sublimes e tão brilhantes que eu seria capaz de encará-los o resto de minha vida.
– Realmente, Frank tinha razão ao dizer que vocês eram parecidos. – ela comentou, com um sorriso apático. Eu e Franklin éramos parecidos, mas eu era mais velho que ele. Éramos o que podemos chamar de “reminiscências” do povo de Xerxes (os típicos loiros de olhos claríssimos, quase amarelos. Mas meus olhos eram escuros, enquanto os dele eram levemente azulados. E eu sempre gostei de meu cabelo cortado, enquanto Frank detestava cortá-lo), mas nada demais quanto a isso. – Quase posso vê-lo olhando para você.
Silêncio.
– Por que você me procurou? Posso ajudar em alguma coisa?
– Sei que ambos estamos abalados com a partida de Franklin, mas não podemos mudar o que aconteceu. Especialmente você, que é irmão dele, e eu, que sou... – ela parou, envergonhada, e com certas lágrimas nos olhos. Meu coração ficou estarrecido, sem ação para nada, por que quando vejo uma mulher chorar, a primeira coisa que penso é abraçá-la e reconfortá-la, porém, meu estado naquele momento não permitia essas ousadias, por que como eu disse antes, ela aparentava ser uma mulher casada. – Esposa dele.
Aquelas palavras soaram de tal modo em meus ouvidos que fiquei sem ação durante muito tempo. Meu irmão me negou a existência de sua família? Como ele pode? Nas cartas que ele mandava, ele nunca disse nada sobre ter algum relacionamento com alguém, e mais precisamente, ter uma esposa. Então aquelas crianças eram seus filhos, meus sobrinhos? E pior: as crianças já tinham certa idade, ou seja, ficamos tanto tempo separados?
– Franklin nunca me disse nada sobre você. – disse, no mesmo estado em que estava.
– Mas ele sempre me falou do irmão dele que trabalhava em Central. Sempre, e falou muito da infância de vocês e do dia que seguiram caminhos diferentes – e ela abriu uma bolsa de couro marrom que carregava. Havia um envelope muito bem lacrado lá, e ela retirou-o rapidamente. Entregou-o para mim.
– O que é isso? – abri e vi dinheiro lá dentro. Muito.
– Todo o dinheiro que você mandou para ele. Cada nota. Ele nunca usou esse dinheiro, embora o deixasse guardado. O desejo dele era devolver para você, e essa foi uma ordem dele antes de morrer. – ela parou.
Fiquei sem palavras. Meu irmão jamais usou uma nota do que lhe mandei?
– Ele era muito orgulhoso de suas conquistas, e detestava receber dinheiro de qualquer um. Encarava como esmola.
– Entendo. – e fechei o envelope. Devolvi – Mas eu não o quero. Ele era seu marido, e esse dinheiro que era dele passa a ser seu. Faça o que quiser com ele. Não tenho interesse.
– Não posso desobedecer as ordens dele. Não posso ficar com isso! Franklin nunca aceitou, logo nunca foi dele de fato. E não é meu. Então, ainda é seu. Também, sou um pouco como ele, e pensava como ele quando ele me pediu para fazer isso.
– Se é meu, fique com ele. Eu sei que você e seus filhos precisam mais desse dinheiro do que eu. Fique – e depositei o envelope em suas mãos. Segurei-as firme, e pude sentir quão doce era sua pele. Ela se sentiu envergonhada, por que eu estava sorrindo amavelmente, mas mais constrangida do que envergonhada. Percebi, e retirei minhas mãos.
– Onde você está agora?
– Aluguei um cômodo para viver com meus filhos. É modesto, por que Franklin nunca gostou de extravagâncias – e nesse ponto concordei com ela, por que éramos iguais. – Não tenho mais lugar para ir, por que Franklin nunca se fixou em lugar nenhum, então, não tenho condições de voltar para minha terra natal. Também, quero recomeçar minha vida, e... – parou. Olhei para ela, com muita compaixão, mas com certo carinho. Notei como era bonita, mas por se tratar de uma viúva, tratei-a com respeito. – Bem, eu espero que não tenha lhe incomodado. – se levantou.
– Não, claro que não – e me levantei também. – Foi um prazer conversar com você. Eu... Espero poder conhecer meus sobrinhos.
– Claro, você tem todo o direito. – pegou um papel na bolsa, rabiscou algo com uma caneta que também estava lá e me entregou.
Recebi. Levei-a até a porta, nos cumprimentamos, e ela disse ‘adeus’. Eu a vi tomar o mesmo caminho que tinha percorrido antes. Voltei para meu trabalho naquele dia, e a vovó Dexter veio me perguntar do que se tratava. Expliquei pra ela tudo na medida do possível, e ela nada falou no resto do dia sobre Victoria, embora eu sentisse que ela sabia da verdade.
Por uns dias, tudo parecia normal quando comecei a pensar em Victoria várias vezes. Começara num sonho, sonhara com ela, um sonho muito nítido. Eu estava do lado dela, e ela me parecia muito mais exuberante do que o normal. Não acreditei de fato, mas ao me ver pensando nos filhos dela, e mais precisamente nela, vi que meu coração estava dando pulos de alegria quando algo me lembrava sua pele morena ou seus olhos esverdeados. Estaria eu apaixonado por aquela mulher?
Não.
Não posso ficar pensando nela o tempo todo. E, com certeza, esse não é o motivo. Estou mais perturbado com o fato do meu irmão ter escondido por tanto tempo – cinco anos, mais ou menos – que ele tinha uma família. Penso e penso, mas não consigo chegar a conclusão nenhuma. Eu gostava tanto dele, e ele era um dos motivos para continuar seguindo em frente sempre, todos os dias. Poder ajudá-lo de alguma forma, ou esperar saber notícias de suas andanças.
Sua partida abalara a todos, e percebi que eu não fui a única pessoa que realmente se importava com ele. Muita gente se importava com ele – e alguém em especial se importou tanto que fez votos de fidelidade e amor.
Outra coisa que martela meus pensamentos é, além de tudo, o fato dele se tornar um pouco obsoleto em suas cartas. Notei isso quando resolvi reler tudo o que ele me escreveu tempos depois, e percebi que de um ar amável e carinhoso ele reduzia seus relatos a breves descrições sem vida nem humor. Algo aconteceu com ele, de fato, que o transtornou a ponto de não mencionar sua esposa e seus filhos a mim, seu único irmão. Ele certamente sabia de como eu me sinto a respeito da solidão. Então por que faria tal coisa?
***
Alguns dias depois, bateram na minha porta. Era um advogado, Benjamin Thompson. Naquele dia eu estava me vestindo bem, e minha casa estava arrumada.
– Sr. Dave Honnor? – perguntou, com uma voz rouca.
– Sim, ele mesmo. Que desejas?
– Vim tratar de negócios acera de seu irmão.
Convidei-o para sentar-se no sofá. Era gordo e bonachão, o bigode a cobrir o rosto, e um olhar severo ao ambiente pouco iluminado que era minha ‘casa’. Pegou na sua mala uma série de papeis, e depois de olhar as horas num relógio de bolso e ajeitar seu monóculo, ele entregou um envelope para mim.
– Sei irmão era amigo meu, meus pêsames. – disse. – Mas por algum motivo, deixou este envelope comigo. Disse que deveria entregá-lo a você, e que depois, eu só acertaria pouquíssimas coisas a respeito de seus pertences.
– Claro. – abri o envelope, e comecei a ler seu conteúdo.
***
Depois de ler aquela carta, me mantive mais quieto do que nunca. Passou algum tempo, até que o Sr. Thompson tomou a iniciativa, e retirou alguns papeis da valise que levava consigo.
- Aqui estão alguns documentos de pequenas posses de seu irmão. – disse. Era pouco coisa, uma terra aqui em Ishval, uma casinha ali no norte, outro cômodo alugado em Xing... Meu irmão fazia jus ao nome itinerante.
- Que faço com isso?
- Ele deixou para você. Faça o que quiser. –e depois, levantou-se. – Ele deixou ordens claras que, se as condições da carta forem obedecidas, que você deveria me procurar que eu tomaria as decisões cabíveis. – ajeitou o monóculo. – Passar bem, Senhor
Acompanhei-o até a porta. Assim que ele saiu, me deitei um pouco, pensando no assunto. No outro dia, vesti um sobretudo preto, e saí. Iria atrás de Victoria, onde quer que ela esteja. Tinha tomado minha decisão.

***
Não demorou para que eu a encontrasse. O cômodo era realmente modesto, havia apenas um sofá, uma cozinha mal estruturada, um quartinho no fundo com uma estrutura metálica que poderia chamar de cama por que havia um colchão por cima.
Victoria deparou-se comigo, assustada. Ainda usava a roupa que usara para me visitar, e eu vi duas crianças brincando no chão com brinquedos toscos de madeira. Então, lembrei de ser cavalheiro, e ofereci a ela flores que eu tinha comprado no caminho – um belo ramalhete de margaridas. Para as crianças, resolvi levar chocolates e presentes.
- Crianças, tio Dave chegou.
- Ele chegou, ele chegou! –a menina parecia mais motivada com minha chegada. – Tio Dave chegou! –e correu para me abraçar. Deixei que seus bracinhos me apertassem o quanto quisesse, e quando olhei no fundo dos olhos dela, eu vi um pouco de meu irmão. Levantei-a para o alto, e a luz que os olhos dela refletiam me mostraram a criança alegre e vivaz que ela era.
- Tudo bem? – disse, com a voz mais amável do mundo.
- Tudo bem sim, tio Dave. Papai me falou muito de você, e ele tinha razão: vocês são muito parecidos!
- É sim. Sabia que Às vezes a gente enganava a nossa avó?
- Como? – e eu a coloquei no chão. Passei a contar nossas peripécias de garotos.
- Eu faria isso, se eu tivesse uma irmã, mas o Isaac vale por muitas irmãzinhas - disse.
- Isaac, venha ver seu tio. Ele quer falar com você. –Victoria disse, indo buscá-lo.
Isaac causara em mim, novamente, a sensação de familiaridade que permeava minha alma.
- Oi tio Dave – disse, muito tímido.
- Olá garotão. Como você está?
- Bem. – e eu me abaixei, ficando na mesma altura que ele.
- Seu pai me disse que você gosta de montar e desmontar as coisas. É verdade?
- É sim.
Dei a ele o presente. Uma caixa de madeira embrulhada com papel azul-cobalto.
- Era meu, mas acho que faz bastante tempo que não brinco. – e quando eu disse isso, ele já abrira o presente, e vira peças de encaixe. – Eu costumava montar de tudo, mas já me esqueci como se faz um barco.
- Eu sei como se faz – e vi os olhos dele cintilarem com o presente.Aquele brilho me lembrou de quando meu irmão tentou montar alguma coisa, e pela primeira vez, tinha feito algo bem bonito. Ele não era muito bom com peças de encaixe.
- E pra mim? - a menininha falou. Dei a ela outro presente.
- Minha avó disse que você ia gostar desse. Foi ela mesma quem fez. O presente veio dela.
- Uma boneca, mamãe! E veja, se parece tanto comigo! – aquilo tinha sido um estratagema meu e da vovó. Ela perguntara como era a criança, e disse que ia fazer algo para ela.
- Que linda filha! – e a mãe já tinha arrumado um lugar para as flores sobre a mesa de madeira. As crianças saíram para brincar num outro cômodo,
- Eu trouxe chocolate também. – coloquei a caixa sobre a mesa.
- Fico muito agradecida pela visita. As crianças não ficavam alegres assim desde que Frank... - silêncio.
- Franklin me mandou uma carta, a última dele, e falou sobre vocês. Recebi-a ontem de um amigo dele.
- Hum.
- E ele me fez um pedido.
- Pedido?- ela ficou surpresa.
- Pediu que eu cuidasse de vocês. Que os acolhesse na minha casa.
Silêncio.
- Olha, eu sei que parece estranho, mas está aqui – e tirei do bolso do sobretudo a carta. Ela leu a carta e depois de alguns momentos, começou a dizer alguma coisa.
- Bem, é difícil.
- Eu sei, parece mesmo estranho. Eu vim aqui apenas para lhe dizer isso. Você decide se vai aceitar ou não; não importa a decisão, eu vou ajudar vocês sempre. Mas sabia que eu estou de braços abertos.
Novo silêncio.
Depois dele, Isaac entrou na sala com um barco feito com as peças.
- Olhe! Eu fiz! – disse. O barco era bonito e simples.
- Ei, deixa a Clarisse navegar no barco?- Catherine vinha com a boneca.
- Não! Ela vai desmontar ele! – e o garoto correu dali, e a garotinha foi atrás dele. Sorri.
- Dave, não vou te dar uma resposta agora. Eu... Quero ver se consigo me ajeitar primeiro. – disse ela.
- Claro. – e sorri. – Mas saiba que qualquer coisa, estou aqui.
- Como quiser.
Fiquei ali por mais algum tempo. Então, fui embora.

***
Não demorou três dias, e bateram na minha porta. Abri, e lá estava Victoria, Catherine e Isaac, com suas malas. Chovia muito naquele dia.
Esse foi o primeiro lugar!
Espero que tenham gostado!
Atéa Próxima!

1 Lugar: José Vinicius

Posted by Sandy Hime
terça-feira, 23 de abril de 2013

Nome completo: Adrielle Victória Pereira dos Santos
Idade: 16
Título: Meu mordomo e eu, demônios
Anime/mangá/banda da fanfic: Kuroshitsuji
Gênero: Shotacon, Shonen-ai, Romance, Sobrenatural
Classificação: +10

-- Bom dia, Boochan.
Ouvi a voz de Sebastian cortar o silêncio do meu local de repouso, sua voz foi seguida pelo ruidoso barulho que a cortina fazia ao ser aberta para permitir a passagem dos raios de sol. Raios que vieram a meu rosto. Incomodando um pouco a íris por debaixo das minhas pálpebras cerradas. Apertei meus olhos e os abri lentamente.
-- "Eu estou estranho..." -- olhei para minhas mãos.
-- Esta tudo bem Boochan? -- sentei na cama.
-- Sim, só me sinto meio diferente...
-- Diferente?
-- É como se... Se eu não fosse eu. -- levantei o olhar para o mordomo que me encarava com suas esferas escarlates.
Me sinto cheio... E ao mesmo tempo vazio... Quem é o 'eu' de agora?
E por que esse demônio de olhos vividos não para de me olhar?
-- Não sinta-se assim... Por que agora o Boochan carrega as mesmas sujeiras e pecados que eu... -- dizia enquanto fazia o laço da fita negra em meu pescoço.
Um demônio... É isso que sou agora?!
Fixei meus pés ao chão e segui para o banheiro acompanhado de meu mordomo. Entrando no amplo cômodo parei em frente ao espelho bordado de dourado. Olhe nos olhos do meu reflexo.
Vermelhos...
-- Vê Boochan... Agora você é o mesmo que eu... -- passou os dedos em minhas bochechas, roçando de leve os dedos cobertos pela luva branca.
-- Sou o mesmo que você...?! -- sussurrei.
-- Sim... O vermelho lhe cai bem...
Levantei a mão e a pousei sobre meu tapa olho.
-- A marca do contrato ainda está ai. -- retirou a luva com os dentes e mostrou-me a marca roxa no dorso da mão. -- Terá que se despedir de todos aqui...
Não pertenço mais a esse mundo...
-- Para onde vamos?
-- Quer mesmo saber? -- abriu seu típico sorriso. -- Não prefere que seja uma surpresa? -- seu polegar acariciou de leve a minha bochecha.
Por quanto tempo mais pretendemos ficar aqui de frente para o espelho, parados, somente encarando um o reflexo do outro?!
Fui até a porta do banheiro.
-- Vamos Sebastian. -- falei sério.
-- Como queira.
-- "Se agora eu sou um deles por que o contrato não desapareceu?!”.
-- CIELLL! -- fui agarrado por Elizabeth assim que seguei a sala.
-- Lizzy... O que faz aqui?
-- Ciel, soube por Sebastian que você vai fazer uma viagem. -- seus olhos lacrimejavam.
-- "Viagem?!" Sim.
-- Por quanto tempo vai ficar por lá?!
-- Por muito tempo certo, Boochan?! -- Sebastian me olhava de canto de olho.
-- Ciel posso fazer uma festa de despedida?
-- Faça o que quiser. -- dei de ombros ao pedido.
-- AAH obrigada Ciel. -- selou de leve a minha bochecha e correu ao encontro de Paula, Finny, Meirin e Bard.
-- Sabe que nunca mais verá nenhum deles novamente?!
-- Sim.
-- Não vai perguntar como ou o porquê de isso acontecer?
-- Do que importa agora?! Já está feito e isso não pode mudar. -- olhei para baixo e apertei a caveira na parte de cima de minha bengala.
Eu agora sou um demônio, morador do submundo e atormentador de almas fracas. Aquele que agora vai viver para sugar almas.
-- Boochan? Está tudo bem?
-- Não é nada! Vamos, eu preciso de uma roupa para a festa.
-- Entendido.
Voltamos para o lugar onde eu descobri que era um deles. Sentei na cama e fiquei esperando Sebastian pegar minha roupa o que não demorou a acontecer.
-- Imagino que a Senhorita Elizabeth deve estar muito triste com a sua partida.
-- Sim.
-- Os empregados também.
-- Sim.
-- O Conde Trancy também virou um demônio.
-- O quê? O TRANCY?
Sebastian sorriu.
-- O que é tão engraçado?
-- Eu achei que você não estava me ouvindo. -- permanecia com aquele sorriso insuportável entranhado nos lábios. -- Não se preocupe o Trancy não é um demônio.
-- E o que aconteceu com ele?
-- Foi morto pelo próprio que lhe ofereceu o contrato.
-- "Morto pelo Claude?!".
-- Vamos trocar a roupa, Boochan?
-- Sim. -- me levantei.
Com as mãos delicadas Sebastian foi retirando cada peça de roupa de meu corpo, seus dedos enquanto desciam as peças roçavam contra minha alva pele, causando-me um leve e passageiro arrepio, que arrancava um sorriso discreto do mordomo fazendo minhas bochechas ficarem um pouco tingidas de vermelho pela vergonha que eu sentia ao sentir tal sensação ao seu tocado por ele.
Ele levantou o olhar para mim, arregalei um pouco os olhos e virei o rosto, olhar para ele agora não séria uma boa ideia.
Se agora eu sou um ser das trevas não deveria sentir tal aflição, ao ser somente "acariciado". Eu não deveria sentir tal atração, demônios não têm sentimentos, demônios não amam...! Ou tem?! A verdade é que eu não sei ao certo o que eu estou sentindo...
-- Sebastian...
-- Sim?
-- ... "Não vamos falar besteira". -- soltei um suspiro. -- Acabe logo com isso. -- mudei completamente o rumo do que eu pensava em falar.
-- Tem certeza de que é só isso?
-- Não interessa se é ou não, apenas termine logo o seu trabalho.
Me olhou como se visse através dos meus olhos minha alma, agora suja por aura de demônio, e abaixou a cabeça indo terminar de laçar meu sapato.
-- Está pronto, Boochan.
-- Traga-me algo para comer.
-- Não pode comer, daqui a pouco começará o baile.
-- Então traga-me um chá.
-- Entendido. -- fez uma pequena reverência e saiu do quarto.
Levantei da cama e fui ao banheiro.
Parei em frente ao espelho, retirei meu tapa olho, mas permaneci com o olho do contrato fechado.
O abri lentamente, vendo a marca roxa aparecer aos poucos.
A marca que me uniu a ele naquela noite.
 Meus fios de cabelo azulados caiam um pouco sobre a marca me impedindo de ver alguns pequenos detalhes dela. Não havia mudado apesar de agora eu não ser o que era antes.
Agora ele é meu pela eternidade! E eu... Serei seu por ela também!
A hora do baile chegou. Elizabeth não sabia se sorria ou se chorava enquanto dançavamos.
-- Ciel não quero que vá. -- sussurrou enquanto dançava.
-- Mas eu preciso ir. Não é por que eu quero!
-- Mas -- falou com a voz chorosa
-- Não chore Lizzy, lágrimas não combinam com seu rosto.
Ela me deu um sorriso largo. Seus olhos verdes estavam com o redor vermelhos e lacrimejantes esbanjavam tristeza pela minha partida, sua bochechas estavam coradas e um pouco umidas. Mas para a felicidade de uns e infelicidade de outros eu tenho que partir.
As horas passaram rápido demais e já era hora de eu partir. Partir para um lugar distinto e totalmente desconhecido por mim.
-- CIELL! -- Lizzy me agarrou. Retibrui seu abraço.
Os empregados choravam.
-- Boa viagem, Boochan. -- disseram em coro e em choro.
-- Adeus, Senhor Ciel. -- sussurrou Paula.
-- Adeus. -- entrei na carruagem.
Sebastian começou a guiá-la para longe da mansão.
Apoiei meu cotovelo na borda da janela e fiquei a observar a paisagem que passava rapidamente por ela. O balanço da carruagem parou e a porta foi aberta.
-- Boochan, chegamos. -- me deu passagem.
Um jardim, com flores escuras até onde o olhar não alcança, a luz da lua iluminava um pequeno lago que se encontra próximo a onde estamos, o vento fraco balançava lentamente as flores as fazendo dançar ao som dele.
-- Onde estamos? -- olhei ao meu redor.
-- No lugar onde será dada a principal e eterna ordem. -- sorriu.
Caminhamos até próximo ao lago.
-- Está pronto, Boochan? -- se pôs a minha frente.
-- Sim.
-- Por favor, a ordem... -- seus olhos tomaram a forma dos olhos de demônio.
Retirei o tapa olho que foi levado pelo vento. Vento que uivava.
-- Sebastian, é uma ordem! Fique ao meu lado... Por toda a eternidade! -- cortei o som do vento com minha voz.
Ajoelhando-se sobre um joelho e pondo a mão direita no peito esquerdo falou com clareza.
-- Yes, My Lord.
Bom pessoal, é isso, peço desculpas pela demora, no entanto, tive alguns problemas pessoais!
As postagens irão continuar! Espero que compreendam!
Beijos
Sandy Hime

2 Lugar: Adrielle Victória

Posted by Sandy Hime

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